quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

TU ÉS O QUE ESCREVES-GRAFOLOGIA


Tu és o que escreves

A escrita é o espelho do teu interior, do teu carácter, da tua personalidade e das tuas atitudes.

Conhecer-te a ti próprio e as tuas necessidades pessoais ajuda-te a fazer melhores decisões quanto à tua carreira, aos teus objectivos e às tuas relações pessoais.

A grafologia é a análise da escrita para interpretar pistas da personalidade.

É uma ferramenta psicológica não intrusiva.

Independentemente de como se pega na caneta, a tua escrita é desenhada de acordo com impulsos do cérebro através do sistema nervoso e dos músculos do teu braço e da tua mão.

Tal como a agulha de um sismógrafo, a caneta detecta e transmite "tremores" invisíveis e cria um estilo de escrita único.

Tão único como as tuas impressões digitais.

Mas nem tudo na personalidade é fixo. Ela vai-se desenvolvendo e alterando. É o resultado de relacionamentos e de experiências físicas, espirituais e emocionais.

A vantagem de uma análise à personalidade é que dá uma "informação actual" de "onde" estamos neste momento.

Dá uma visão das nossas forças e potenciais além de revelar bloqueios interiores ao crescimento individual e à realização pessoal.

Grafologia

Um conceito antigo

A grafologia é tão antiga como a própria escrita.

Agora é tida um ramo da psicologia e as análises dos profissionais são consideradas como fiáveis e precisas.

Nós expressamos a nossa personalidade nas palavras, atitudes e gestos.
A escrita, mais que outra forma de comunicação, dá-nos indicadores permanentes da nossa personalidade; uma amostra de escrita é tão complexa como a pessoa que a escreveu.

Aplicações modernas

A escrita é o reflexo do interior de uma pessoa, por isso não se pode manipular.

Assim, podemos aplicar a grafologia em áreas tão distintas como:

recrutamento de pessoal

criminologia

pedagogia

psiquiatria

etc

Empresas como a Siemens, a Peugeot e Pão de Açúcar, ao recrutar pessoal, querendo saber mais sobre esse interior, recorrem à grafologia.

Se te pedirem para escrever numa folha branca, sem linhas, um texto de cerca de 100 palavras e assinar, aí está!

motivações

honestidade

espírito de iniciativa

trabalho em equipa

etc

Avaliação Geral

Antes de se olhar para as características particulares das letras em si, há características mais globais que se podem analisar:

Ordenação do texto

O espaço deixado entre o texto e as margens dizem muito quanto à posição de um indivíduo face ao mundo

Pressão da escrita

O esforço que se faz ao escrever denuncia características sobre a força física e espiritual, o instinto sexual, etc...

Dimensão da letra

A ideia que o indivíduo tem de si (ambicioso, vaidoso, tímido, perfeccionista...)
Inclinação e coesão das letras - emotividade, entusiasmo, poder de observação... fica tudo exposto!

Velocidade e continuidade

Tipo de inteligência, espírito de preserverança

Pontuação, falta de acentos, maiúsculas e minúsculas, enganos... - dificuldades em lidar com a rotina, objectividade

A assinatura

Enquanto que o texto reflecte a maneira de ser que se aparenta, a assinatura revela a personalidade real.

A rubrica ainda vai mais longe por ser feita com mais espontaneidade e liberdade...

Por exemplo, uma assinatura onde se consiga ler o nome facilmente, indica simplicidade e transparência...

Finalizar com um ponto final revela autoritarismo e realçar o apelido anuncia vaidade e orgulho.

Auto-estima

A auto-estima é o valor que achas que tens.

Para ter sucesso, 20% é uma questão de aptidão e 80% de atitude.

Muitos de nós sub-estimamos as nossas forças e focamo-nos nas nossas fraquezas, limitando o nosso sucesso.

A chave para uma boa auto-estima é aceitar a responsabilidade pelos nossos pensamentos, sentimentos e desejos pessoais e ter força de vontade para agir de modo a consegui-los.

Os diferentes tipos de personalidade

Há traços de personalidade visíveis na escrita de uma pessoa, que me preocupam bastante quando os vejo no papel.

É que, se ela revela traços destes, é porque está com alguns problemas complicados.

Claro que o grau de "complicações" depende da intensidade e da frequência com que aparecem na escrita.

Convém sempre verificar e re-vrerificar, antes de "rotular" uma pessoa (infelizmente, pode acontecer encontrá-los na nossa própria escrita!).

Um grafologista, uma vez definiu estes traços como "químicos letais":
consegues lidar com eles em pequenas quantidades, mas em grandes doses não sobrevives...

A seguir vou tentar descrever alguns desses traços de modo a se compreender a complexidade do assunto.

A grafologia para mim é um hobby, por isso o que aqui está exposto é o que tenho aprendido e pode necessitar de ser corrigido.
Se detectares alguma falha, se quiseres fazer alguma crítica ou comentário, diz logo, ok?

Mentira

Detectando a mentiraDetectando a mentira

Infelizmente, a honestidade (ou a falta dela) é resultado de muitas variáveis. As mais relevantes acabam por ser a integridade da pessoa e a situação específica. Algumas pessosa estão tão confusas que mentem quando a verdade soa melhor. O pior caso é o da letra o, mostrada acima.

Este é o mentiroso compulsivo. Inventa histórias e não se pode confiar. Provavelmente nem ele mesmo sabe qual é a verdadeira "verdade". Felizmente não vejo isto muitas vezes e espero que não o vejas também!

A letra o é uma "letra de comunicação". É normal encontrar, nesta letra, mais traços que indicam capacidade de guardar segredos, extroversão e franqueza. Este loop é a combinação de dois loops. Um, o chamado "loop do segredo" e outro o "loop do auto-engano".

Ao mesmo tempo, o autor deste "o" está a enganar os outros e a si mesmo. Ele simplesmente esquece-se de qual é a verdade!

Se vires este traço uma vez em dez, não assumas que é um mentiroso compulsivo. Esta pessoa mente, mas não tão severamente como a palavra sugere. Muitas pessoas basicamente honestas mentem nalguma ocasião.

A ética, a integridade e a oportunidade também são factores de honestidade. Tem de se tomar em consideração a escrita num todo.

Se encontrares dois pequenos loops internos na letra "o", essa pessoa mente ocasionalmente; se uma secretária está ao telefone com o patrão ao lado e é obrigada a dizer "O chefe não está, quer que tome nota do recado?", esse recado tem, frequentemente, loops nos "o".


Existem 3 zonas na escrita: a superior (onde caem as partes superiores dos "l", dos "t", dos "d", etc), a média (onde ficam os "a", os "r", etc) e a inferior (onde ficam as zonas inferiores dos "f", do "q".
Qualquer loop (falo agora das "barrigas" das próprias letras) revela algo sobre a imaginação.
No entanto, os loops na zona superior revelam que a pessoa imagina coisas associadas à filosofia, à religião ou à ética.
Os loops da zona média revelam a imaginação que pode ser física ou sexual.
Se o loop se encontra na zona média, como a letra "o", a pessoa imagina coisas relacionadas com o dia-a-dia.

Como esta letra é uma letra de comunicação, imaginam-se coisas sobre o que se conversa. Quanto maiores os loops, mais são as mentiras e mais segredos estão escondidos.

Baixa Estima

Baixa Estima

Este traço vai senda cada vez mais comum.

Na escrita, a baixa auto-estima é revelada por uma trave horizontal do "t" abaixo do meio da zona média.

As letras maiúsculas no início das frases indicam a força do próprio ego, logo, servem de informação complementar.

Outro aspecto a verificar é a altura da letra "t".

A pessoa em questão tem medo de falhar, medo de mudanças que possam trazer frustrações.

Consequentemente, não estabelece objectivos difíceis ou a longo prazo

Uma pessoa assim quase que te idolatriza por teres tantas coisas que ela não tem e faz coisas para te agradar.

No entanto, uma pessoa com baixa-estima que age assim vai querer retorno...

Assim, num relacionamento, vais ter de ter a coragem, a tal auto-estima e força de vontade para ti e para a outra pessoa.

Se és do sexo masculino, não caias no erro de pensar que todas as mulheres com baixa auto-estima são "lixadas": muitas das meninas mais doces do mundo têm baixa auto-estima.

A questão é que são assim porque precisam da aprovação dos outros. E se ela falha, o mundo vai abaixo. Quando isso acontece, reage violentamente, mesmo contra ti.

É comum os seus companheiros tratarem-nas mal e elas ainda acharem que o merecem! Lembra-te: se alguém permite ser tratada mal, não tem problemas em tratar mal os outros.

Normalmente as pessoas que sofrem abusos têm baixa auto-estima. O difícil é definir se o que causou a baixa auto-estima foram os abusos ou o contrário...

Quando um casal não gosta só do outro, mas também de si prórprios, o relacionamento é muito mais divertido e estável!

Dupla personalidade

Dupla personalidade

A dupla personalidade revela-se numa óbvia variação da inclinação da escrita, para a esquerda e para a direita, na mesma frase.

Esta pessoa tem dificuldade em tomar decisões no campo emocional por causa das diversas influências emocionais. Sob stress, recolhe-se em si mesma, mas a resposta à situação é imprevisível dada a uma dualidade biológica no cérebro.

Há que esclarecer o conceito de dupla personalidade: uma pessoa não "encarna" dois papéis. Se assim fosse encontraríamos dois tipos de escrita diferentes. Tão diferentes que acharíamos serem de duas pessoas diferentes. O "chavão" dupla personalidade significa que a pessoa tem acesso aos dois extremos no espectro das possíveis respostas emocionais (segundo percebi das minhas pesquisas). Normalmente a personalidade boa é doce, boa, generosa, divertida, isso tudo... Essa é a personalidade que vemos nos dias "sim"...

A outra é desagradável e não tem contemplações. Ignora que for preciso quando for preciso. É uma pessoa com conflitos internos sobre o que ela quer.

Hiper-susceptibilidade, Paranóia

Hiper-susceptibilidade, Paranóia

Hiper-susceptibilidade, Paranóia

Este é um dos mais importantes a evitar. A hiper-susceptibilidade é uma deturpação das percepções dos outros sobre nós.

É o medo de reprovação, mostrado num loop nas hastes verticais das minúsculas "d" e "t".

A hiper-sensibilidade relacionada com o ego é mostrada na haste da minúscula do "d".
A relacionada com ideias e filosofias está patente na hasta da minúscula do "t".

A paranóia é uma certeza quando o loop no "d" está "insuflado" ou com o topo achatado. Um "d" com um loop grande desenvolveu poderosos mecanismos de defesa. Criticar esta pessoa é catalizá-los. Quando estas pessosa se sentem traídas, cuidado! Frequentemente revelam sarcasmo, ressentimentos e comportamento agressivo. Se o loop no "d" é achatado no topo e não volta à linha de base, o medo dificlmente volta à realidade.

Lidar com esta pessoa requer alguma atenção SINCERA, sem paternalismos.

Uma pessoa verdadeiramente paranóica, desenvolve tantas defesas que é frequente ouvi-las dizer: "Não quero saber o que os outros pensam." e realmente não se magoarem com as críticas. Estes dois dados juntos, mostram MESMO grandes problemas!

Inconformista

Inconformista
Inconformista

O inconformismo é comum aos homens e às mulheres.
Este traço tem sido descrito como o da manipulação, revolta quanto ao sexo oposto, ou necessidade de desafios.

É tão comum que é difícil de o evitar. Aparece nas letras "c", "a", e "d".
É um gancho que se forma no círculo do topo destas letras. Chama-se um Stinger por causa da semelhança com um ferrão de abelha, (que magoa a sério, por acaso!) As pessoas com "stingers" na escrita têm um medo terrível de magoar os outros.

Dependendo de outros traços, pode até ser um jogo, um comportamento malicioso...

O ponto é que quem tem o "stinger" precisa de ser motivado e captado o seu interesse constantemente. Estas pessoas frequentemente procuram "pessoal" tumultuoso para umas voltas com adrenalina. São os que fazem "o jogo". É o tipo de pessoas que diz "Detesto joguinhos" e depois quase despreza as pessoas.

Raramente estão satisfeitas com os bem-comportadinhos... São atraídas pelo rebelde, pelo indomável. É a emoção da corrida e não o prémio as mantém interessadas.

Se se conhecer a pessoa primeiro pela escrita, quando isso acontecer pessoalmente a pior coisa que se lhe pode fazer é atirar-se a ele(a). Por precisarem de desafios, Só vai querer uma pessoa se a "caçar". É uma atitude predatória: quanto maior o pedido de misericórdia maior a sensação de conquista.

Agir de modo indiferente, é a melhor estratégia.

Os relacionamentos tornam-se um jogo. Amores ficam tumultuosos e imprevisíveis.

Todo o filme "Ligações Perigosas" era acerca de um homem com gigantescos "stingers". Manipulava as mulheres num jogo perigoso, para as levar para a cama... Se quiseres ver como os "stingers" sobressaem num filme, vê-o.

Como se ganha? Não se ganha. Ao deparar com uma pessoa assim, nunca se pode prescindir do controlo total...

Sarcástico

Sarcástico

A ponta do "t" é pontiaguda.

O sarcasmo é uma defesa verbal do ego.
Esta pessoa dá um significado duplo a tudo o que diz e mistura algum humor.

Não é um traço horrível de todo, mas este é o mecanismo hostil de defesa que pode magoar se usado para esconder algum tipo de "raiva"ou de insegurança

Dominador

Dominador

A barra horizontal do "t" desce para a direita.

Esta pessoa tende a estar no controlo e gosta disso.

Uma barra desenhada com o fim bem definido (a caneta parou ali e só depois levantou do papel) revela que o consegue sem contrariar as pessoas que o circundam.

Se a caneta voa de ou para o papel, vai deixar um rasto, um traço pontiagudo - SARCASMO!

Aqui está a pessoa que espezinha, a "melga".

É cáustica e dominadora ao ponto da crueldade quando não consegue as coisas à sua maneira.

Na verdade, é mais um MEDO de NÃO ESTAR no controlo.
E o medo motiva as pessoas de um modo muito forte...

Teimoso

Teimoso

As hastes verticais do "t" e do "v" são abertas, como um "V" invertido.

Esta pessoa tem as suas ideias (algumas bem fixas) e não querem ficar confusos com novas ideis ou factos.

É o medo de estar errado. A incapacidade de mudar rapidamente ou de admitir que se está errado.

Mais uma vez, um mecanismo de defesa para um ego inseguro ou a auto-estima danificada.

Anti-social

Anti-social

Os "y", os "g" e às vezes os "j" são descem e sobem pelo mesmo caminho.

Um grande medo de confiar nos outros e de se magoar emocionalmente.
Evita a intimidade o mais possível e não é capaz de dar e receber amor facilmente.

O medo de ser magoado, mais uma vez... (comum depois de um divórcio).

Desafiador

Desafiador

Nos EUA e em Inglaterra chamam-lhe o "go to hell K".

Não é muito comum, porque a nossa língua não usa muito o "K" e só é mesmo um mau sinal se combinado com um grande conjunto de outros traços "infernais".

Também pode indicar medo de compromissos. Alguém que valoriza a sua liberdade na sua lista de valores...

Outros traços de personalidade

não necessariamente infernais ;) ...
Seguem-se algumas características habituais, que tenho encontrado e estudado.

Argumentativo

Argumentativo

Sabes aquelas pessoas que acham que tudo é discutível?

Aquelas que estão sempre preparadas com factos e números para suportar as suas teorias?

(Já estás a sorrir, a pensar "olha quem fala", certo? Pois, o que é que se há-de fazer, eh, eh!...)

Olha para a escrita de uma pessoa com tendência natural para argumentar, para provar a sua teoria, ou justificar-se a si próprio e provavelmente vais encontrar uma zona média do "p" baixa e uma haste superior muito elevada:

Usada positivamente, a predisposição para argumentar pode fazer sobressair a personalidade de uma pessoa.

As pessoas que argumentam entusiasticamente, são interessantes, informativas e proporcionam entretenimento.

A opinião - a favor ou contra - nunca é curta na variedade de tópicos. Gostam de fazer de "advogado do diabo", de se colocarem no lado oposto da questão.

No entanto, as pessoas que são problemáticas e agressivas, podem-se tornar chatas e cansativas.
Habitualmente a argumentação é uma resposta inconsciente a sentimentos de insegurança.

São inúmeras as variações deste "p" e é necessária uma avaliação cuidadosa para determinar se este traço é positivo ou negativo.

Por exemplo, uma pessoa com um uma haste no "p" em forma triangular (ilustrado abaixo, na palavra "happy") vai estar interessada é em obter factos que suportem os seus pontos de vista.

Já uma pessoa com a haste superior em "loop" (como no exemplo acima) vai introduzir argumentos imaginativos.

Embora todos os sinais na escrita sejam significativos, nenhum pode ser tomado fora do contexto e considerado isoladamente!
Embora todos os sinais na escrita sejam significativos, nenhum pode ser tomado fora do contexto e considerado isoladamente!

Sexualmente desinibido

Sexualmente desinibido
Sexualmente desinibido

Este é o traço de que toda a gente gosta de falar! Quanto maior o "loop" nas zonas inferiores das letras, maior é a imaginação sexual.

Essa imaginação inclui energia, confiança, experiências e até novas posições. Alguém com esta característica farta-se depressa da mesma coisa.

É preciso recordar que este "loop" também significa exagero.

Assim, a pessoa tem tendência a embelezar e exagerar tudo em todas as áreas da sua vida.

São óptimos contadores de histórias e amantes dos melhores, eh, eh!

Sexualmente solitário

Sexualmente solitário

Esta pessoa precisa do seu espaço.
Uma parte dessa pessoa até gostas de outras e, na realidade, precisa de estar com outras.

No entanto, quando vires uma haste inferior a direito para baixo, já sabes que essa pessoa precisa de se concretizar por ela mesma emocionalmente.
Em relacionamentos, precisa do seu espaço e de não ser inter-dependente.

Aliás, independência é a palavra chave.
Pode ser um traço muito saudável.. É que há alturas em que é preciso estar sozinho e gozar de liberdade.

Sexualmente frustrado

Sexualmente Frustrado

Algumas pessoas não estão totalmente satisfeitas, no plano físco, com elas mesmas.

Um "loop" inferior incompleto significa uma vida sexual incompleta.

Por vezes a pessoa pode estar a passar por desafios físicos, como doença ou dor física.

No entanto, na maior parte das vezes, revela uma falta de satisfação sexual ou emocional no seu relacionamento.

Orgulho e dignidade

Orgulho e dignidade

As hastes verticais dos "t" e dos "d" são muito estreitas ou mesmo retraçados. Estas pessoas orgulham-se do que são e exigem ser tratadas com respeito e dignidade.

Atenção aos detalhes

Atenção aos detalhes

Os pontos nos "i" e nos "j" também. Quanto mais perto da letra estiverem, maior é a atenção que a pessoa dá aos detalhes.
Contribui para uma boa memória. Repara em tudo!

Casos prácticos

Um pedaço de papel com um texto escrito por alguém NÃO É uma bola de cristal!

É preciso estudar bastante, conhecer os rudimentos da psicologia humana mas nunca deixar de lado a intuição.

No entanto, qualquer pessoa possui a intuição básica necessária para ver reflexos da personalidade nas marcas que outros deixam.

Vamos observar alguns exemplos.

A seguir estão dois excertos.

Um deles foi escrito por um vendedor espalhafatoso e o outro escrito por um contabilista introvertido, envergonhado.
Qual deles foi escrito pelo vendedor?


Aposto que disseste que foi o segundo. E não foi ao acaso pois não?

Qual dos seguintes reprime os seus sentimentos, A ou B?

Qual dos seguintes reprime os seus sentimentos, A ou B?
Qual dos seguintes reprime os seus sentimentos, A ou B?

Não é difícil pensar que será o A, pois não?
Uma vez que escrevemos da esquerda para a direita, a inclinação para a direita mostra que "se vai com a corrente". A inclinação para a esquerda indica uma repressão, um controlo da exteriorização dos sentimentos.

Quem é mais orgulhoso, A ou B?

Quem é Mais Orgulhoso?
Quem é Mais Orgulhoso?

A resposta é A. Como é que acertaste? Tenta imaginar a linguagem corporal de alguém orgulhoso de si mesmo. Tendem a andar erectos, cabeça levantada, embros para trás, peito para a frente... Tal como o exemplo A.

Quem está a mentir, a Sra A ou a Sra B?

Quem está a mentir?
Quem está a mentir?

A resposta é a Sra B.

Mas afinal o que é que há na escrita da Sra B que não "bate" bem? O espaço largo que existe antes do 36, certo?

Que princípio psicológico usámos aqui?
À medida que a Sra B ia preenchendo o seu formulário, ela escreveu, "I am..." mas por qualquer razão ela parou.
Talvez pensasse, "Eu não quero que se saiba a minha idade!", então parou para pensar no que iria dizer, perdeu espontaneidade, mas o subconsciente manteve o movimento da mão para a direita.

Qual destas senhoras de apelido Smith está prestes a pedir o divórcio?

Qual destas senhoras de apelido Smith está prestes a pedir o divórcio?
Qual destas senhoras de apelido Smith está prestes a pedir o divórcio?

Espero que tenha sido óbvio: A Sra B quer o divórcio. Repara como ela risca o sobrenome "Smith." Não é dos casamentos mais felizes!
São pistas sobre sentimentos inconscientes quanto ao pai ou ao marido - ou à pessoa de quem tiver vindo o nome.

Cenário: assédio sexual?

Vamos analisar estes dois excertos de texto:

Tony, Gestor Financeiro
Tony, Gestor Financeiro

Judy, Directora de Serviços
Judy, Directora de Serviços


Cenário

O Tony é Gestor Financeiro há seis anos. É respeitado pelos colegas e tido como trabalhador sério e "renhido". Não é casado e vive sozinho.

A Judy chegou ao departamento há 3 meses. Gosta de actividades sociais e não tem medo de as organizar. Fala constantemente sobre o namorado que tem na Escócia.

Todos ficaram surpreendidos e chocados na semana passada quando a Judy foi ter com o Director de Recursos Humanos, lavada em lágrimas, a acusar o Tony de assédio sexual. O Tony negou veementemente as alegações, mas o Director de R.H. resolveu investigar o assunto: entrevistou o resto do pessoal para apurar os factos e pede-te para analisar a escrita dos dois intervenientes.

Quem está a dizer a verdade?

Embora as análises grafológicas sejam importante, devem ser confrontadas e complementadas com a investigação das circunstâncias, oportunidades, motivações..

Tony

A letra aberta e legível do Tony sugere que é razoavelmente honesto e transparente. Vai directo aos assuntos, sem esconder as coisas importantes. No entanto é um excerto muito pequeno para avaliação.

Judy

Este também pequeno excerto, mostra que a Judy é menos directa e honesta que o Tony. Tende a manipular as pessoas e situações para dar cobertura aos seus "atalhos" e conseguir os seus objectivos.

Conclusões?...

Análise grafológica

Vamos fazer uma breve análise grafológica a um texto de uma menina chamada Joyce.

análise grafológica

Uma das coisas que salta à vista neste texto é a inclinação descendente das linhas. Parece um sinal de fadiga ou fraqueza temporária que desaparecerá quando recuperar as energias

No entanto, alguém que escreve sempre assim é facilmente desencorajado e tende a estagnar nas facetas negativas de uma situação.

As barras dos "t" são firmemente desenhadas, e as ligações em arcada sugerem que é uma "self-made woman". Muitos dos seus objectivos são exclusivamente pessoais e nada convencionais. A família e os amigos nem acham que valham a pena persegui-los.

Ela faz planos par a frente e tenta organizar o tempo de maneira eficaz.
Embora lhe interessem os valores tradicionais é altamente criativa e inovadora no modo de pensar. Tem uma mente inquieta, que questiona tudo e adora aprender por si própria.
Prefere pensar por ela mesma e detesta ter de confiar nos outros.

Pode ser bastante impaciente. Abomina o desperdício de qualquer tipo e é muito mais feliz quando consegue resultados rápidos.
Não que desista com facilidade se "meteu na cabeça" conseguir alguma coisa...

Um conflito interno fá-la sentir, por vezes, sem descanso e sem "poiso".
No entanto, depois de se assegurar que está no "trilho" certo, o entusiasmo cresce e as ansiedades iniciais são esquecidas.

Fonte: mmarques.neodesigner.com

O QUE É GRAFOLOGIA


O que é a grafologia e como ela surgiu

A grafologia é, em um sentido amplo, o estudo da escrita (do grego graphos, escrita e logos, estudo ou tratado). Mas em sua acepção mais comum é uma metodologia utilizada para inferir atributos psicológicos, sociais, ocupacionais e médicos de uma pessoa a partir da configuração de suas letras, linhas e parágrafos. Segundo os grafólogos, estas informações são tiradas somente da escrita e não do texto em si. A grafologia afirma ser possível determinar se alguém é um líder, um empreendedor ou um estorvo para a empresa, apenas analisando a sua letra e diz também ser possível determinar até a compatibilidade matrimonial. A premissa básica da grafologia é que como o cérebro é a fonte da escrita e somente os seres humanos possuem esta capacidade, a personalidade e as emoções atuam sobre o gesto gráfico. Assim, se sua letra T possui uma haste muito alta é sinal de vaidade por se considerar melhor do que os outros, ou se você esquece de cortar os Ts é porque você é uma pessoa esquecida.

Aqui cabe fazer uma distinção entre grafologia e Grafotecnia (ou Grafoscopia). Esta última está relacionada à análise da letra como uma característica individual do ser humano e é a base das perícias para verificação de autenticidade de assinaturas. Quando escrevemos, os gestos são tão automatizados que nossa mão se move duas vezes mais rápido do que podemos controlar conscientemente. Assim, introduzimos certas características muito sutis, um ganchinho aqui, uma leve mudança de inclinação lá, que quando feitas de modo intencional por um falsário, por exemplo, perdem certas características de dinamismo que permitem identificar o lançamento como falso ou inautêntico. Mesmo quando a pessoa tenta disfarçar a letra, muitas vezes é possível encontrar suas características, seus hábitos gráficos, permitindo identificar quem falsificou uma determinada assinatura. Assim, mesmo com várias tecnologias para identificação de pessoas (reconhecimento de voz, leitura da íris, etc), a assinatura ainda continua sendo a mais utilizada, pela sua simplicidade, confiabilidade e baixo custo. E, como é comum nas pseudociências, a grafologia segue no esteio de sua parente científica, a Grafotecnia. O criador das leis do grafismo, base da Grafotecnia, Solange Pellat, também investigou a ligação entre a escrita e a personalidade. Uma coisa não valida a outra: Newton também estudou alquimia e escreveu mais sobre ela do que sobre a Ótica! Nem mesmo os grandes gênios estão corretos 100% das vezes.

A grafologia tem acompanhado a civilização desde a própria invenção da escrita. Os romanos, gregos, chineses, cristãos e judeus procuravam traços da personalidade das pessoas em sua caligrafia. No entanto, foi somente no século XIX, na França, que o termo grafologia foi criado pelo abade Jean-Hippolyte Michon, apesar do primeiro trabalho sobre algo parecido com o que hoje chamamos de grafologia ter sido publicado pelo médico italiano Camillo Baldi, ainda no século XVII.

São os escritos de Michon que formam a base da grafologia "analítica" ou "atomista" atual, onde os traços da personalidade são inferidos a partir de características da letra em si, como a posição e tipo dos pingos nos i's, em oposição à grafologia "holística", criada por um discípulo dele, Crepieux-Jamin, na qual o analista utiliza uma impressão geral que o escrito como um todo lhe inspira para inferir os traços da personalidade. Essa não é apenas a única divergência entre especialistas em grafologia. Dependendo do autor consultado, uma mesma característica, tal como a inclinação da escrita, pode representar nuances de personalidade totalmente diferentes, como se vê no exemplo mais adiante. Desde então muitos outros se especializaram no assunto e vêm publicando livros e ganhando (muito) dinheiro com este tipo de análise. No Brasil, o marco da grafologia é a publicação do livro "A Grafologia em Medicina Legal" do Dr. Costa Pinto em 1900 e hoje, existe, inclusive, uma Sociedade Brasileira de Grafologia.

Existem vários cursos e organizações grafológicas dentro e fora do país e alguns cursos, apesar da falta de base científica para tal prática, são ministrados em Universidades, principalmente na Itália, França, Espanha e Israel.

Investigando a grafologia

O raciocínio ao qual os grafólogos se apegam é que a escrita é comandada pelo cérebro (em inglês "handwriting is brainwriting") e como o cérebro é a fonte da personalidade, logo a escrita reflete a personalidade. É verdade que a personalidade pode influenciar o desenvolvimento do potencial genético das habilidades motoras do ser humano. É fácil entender como fatores como ousadia, agressividade, persistência, vontade de participar em atividades em grupo determinam o quanto uma criança irá se desenvolver, tendo em vista a importância das habilidades motoras ensaiadas em grupo. O controle motor fino exigido para atividades como tocar um instrumento musical, tricotar ou escrever é um refinamento das habilidades motoras gerais e também vai depender de persistência e concentração. Então é de se esperar que pessoas perseverantes e com alta capacidade de concentração possuam boa caligrafia. E só. As correlações entre os aspectos gráficos da escrita como inclinação, pressão e gênese das letras e os aspectos individuais da personalidade precisam ser demonstradas através de estudos cientificamente rigorosos que sejam verificados independentemente.

Apesar da roupagem pretensamente científica que toda pseudociência possui, a grafologia se baseia no mesmo princípio do mais primitivo (e do mais atual) pensamento mágico: o princípio da similaridade. Encontramos o princípio da similaridade desde a homeopatia até às práticas de vodu, nas quais uma imagem de uma determinada pessoa é utilizada para influenciá-la positiva ou negativamente. Também é encontrado na astrologia, onde, por exemplo, pessoas do signo de Touro possuiriam as características deste animal, como a teimosia. Assim, na grafologia, para citar alguns exemplos, letras de pessoas raivosas apresentariam grande pressão e linhas retas, ao passo que amor é expresso através de letras curvilíneas e com leve pressão. A tristeza ou pessimismo seriam traduzidos por linhas descendentes, assim como otimismo por linhas ascendentes. Um punho inconstante com letras sendo desenhadas de forma diferente todo o tempo representaria pessoas "inconstantes". Aparentemente, características físicas como um gingado ao caminhar também aparece em uma escrita "gingada (The Complete Idiot's Guide to Handwriting Analysis, por Sheila R. Lowe).

Somente porque a lei da similaridade aparece como base de várias superstições e pseudociências, não significa que esteja sempre errada. Então necessitamos de estudos científicos para comprovar ou não se características da letra podem dizer algo sobre uma pessoa. Muitos grafólogos, quando perguntados sobre as evidências científicas que validam suas práticas, apresentam livros escritos por outros grafólogos que também não se baseiam em estudos científicos. Outro típico erro de avaliação é o famoso: "eu uso e dá certo comigo e meus clientes que nunca reclamaram". Se isto soa familiar é porque astrólogos e outros pseudocientistas usam este mesmo tipo de argumento.

Não podemos deixar de mencionar os mesmos fatores que parecem validar todas estas "metodologias de autoconhecimento": a leitura fria, através da qual o "analista" vai colhendo pequenas pistas para obter informações acerca desta pessoa sem que ela perceba (no caso da grafologia, as pistas são obtidas quando textos de caráter pessoal são utilizados nas análises); o efeito Forer, também conhecido como validação subjetiva, que faz com que as pessoas se reconheçam em descrições psicológicas vagas e abrangentes que poderiam ser aplicadas a qualquer um. Além destes, outros fatores fazem com que as pessoas acreditem que uma determinada descrição contém a verdade sobre sua personalidade. Um deles é falta de real autoconhecimento - você não está muito certo sobre suas características pessoais, logo você procura uma destas "metodologias para o autoconhecimento" e quaisquer características ditas como sendo suas serão aceitas, desde que não sejam muito excêntricas, tipo "você é um assassino em série em potencial, dadas as circunstâncias corretas você certamente irá matar alguém". Principalmente, porque as descrições apresentadas são vagas de forma que quase qualquer pessoa se encaixa.

Também é bastante comum a tentativa de validação da grafologia através do grau de satisfação dos gerentes de empresas com os empregados contratados através deste tipo análise. No entanto, para uma análise completa seria preciso analisar também o desempenho de um outro grupo - pessoas que foram reprovadas no teste da grafologia. Só assim seria possível confirmar que a análise grafológica é uma metodologia válida de seleção, pois talvez os gerentes ficassem ainda mais satisfeitos com este outro grupo. E como ter certeza que excelentes profissionais não estão deixando de ser contratados simplesmente porque sua assinatura não está de acordo com o que a escola daquele grafólogo segue? Afinal de contas, não existe um consenso entre eles.

Por exemplo, no livro de Peter West, "Grafologia", ele afirma que a uma barra do T minúsculo curta significa "falta de autocontrole; não gosta de disciplinas impostas", ao passo que Maurício Xandró em seu "Grafologia para Todos", explica que este mesmo tipo de barra "é um sinal de potência volitiva não isenta de autocontrole (...) há controle de si mesmo, esforço bem dirigido e domínio". Uma mesma pessoa teria avaliações completamente opostas!

No entanto, não é necessário se preocupar, basta descobrir a escola do grafólogo que presta consultoria para sua empresa (muitas fazem este tipo de consulta não só para a contratação como também para promoção de pessoal) e fazer algumas sessões de grafoterapia. Basicamente consiste em educar sua letra para deixar de fazer aquelas características negativas e assim, dizem os grafólogos, modificar a sua personalidade. Depressivo? Nada de Prozac! Basta copiar alguns textos com letras grandes em linhas ascendentes até que esse passe a ser seu tipo de letra. Fácil e barato.

Os grafólogos também alegam poder diagnosticar doenças como hipocondria, paranóia, esquizofrenia e depressão, mas não há estudos científicos publicados em revistas de renome, que suportem tais alegações. No entanto é possível encontrar anúncios de cursos de grafologia que dizem explicitamente que após a conclusão o aluno será capaz de realizar a "detecção de casos de hipocondria, depressão, pressão arterial, cleptomania e doenças de fins neurológicos". E que tal a seguinte descoberta de Maurício Xandró, apresentada em seu livro "Grafologia para Todos"? Ele afirma ser possível afirmar pela observação do seu D maiúsculo, se uma pessoa é crente ou atéia. Ele deixa claro que isto só é possível para aquelas em cuja língua mãe deus é iniciado pela letra D.

E que tal ser considerado, pelo mesmo autor, uma pessoa libidinosa, apresentando "sonhos eróticos, interesse por assuntos libidinosos ou pornográficos, procura por prazer sexual", só porque seu G minúsculo apresenta um "pé", a parte inferior, exagerada?

A verdadeira ciência por trás da grafologia

Pelo menos, uma das alegações da grafologia é cientificamente comprovada: algumas doenças podem ser identificadas através da escrita. O mal de Parkinson, quando em seu estágio menos desenvolvido, pode levar a uma mudança na escrita da pessoa, que se torna pequena, comprimida e lenta.

A análise da escrita pode fornecer elementos que quando somados a um diagnóstico clínico podem auxiliar o diagnóstico de certas doenças neurológicas. Por exemplo, "Maneirismos ocorrem em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos, e são caracterizados por gestos artificiais, ou linguagem e escrita rebuscada, com uso de preciosismo verbal, floreados estilísticos e caligráficos, etc...". Mas disso vai uma longa distância a poder diagnosticar esquizofrenia após concluir um curso noturno de grafologia.

Pessoas com a doença neurodegenerativa de Huntington escrevem com diferentes velocidades e aquelas apresentando demência têm uma escrita constantemente alterando entre padrões acelerados e desacelerados, que resulta em um aspecto pictórico de aparência nervosa. Um fato interessante é que a letra não muda em seus aspectos mais importantes, mesmo que a pessoa escreva com a mão esquerda se for destra, ou utilize outro membro, a não ser que áreas ligadas à habilidade motora do cérebro sejam afetadas.

Porém para realizar estes diagnósticos é preciso mais do que a simples capacidade de observação humana. Os cientistas utilizam tablets (pranchetas de captura digital), que permitem não só registrar a escrita formalmente, mas também registrar em valores absolutos parâmetros como velocidade, pressão, aceleração e ritmo. Assim, é possível verificar como um determinado medicamento afeta o cérebro do paciente ou mesmo o progresso da terapia pela melhora na letra ou desenhos, já que não é somente a escrita que á analisada, mas também a habilidade para desenhar.

Esta nova disciplina chamada Grafonômica (do original em inglês, Graphonomics) surgiu no início dos anos 80 e visa verificar quais são os processos neuromotores por trás da escrita e desenhos humanos. Portanto, existe uma ciência baseada na escrita, mas não como a grafologia é vendida por aí.

Fonte: www.projetoockham.org

grafologia

Grafologia é o estudo da escrita manual, especialmente quando empregado como método para análise da personalidade. Os verdadeiros peritos em escrita manual são conhecidos como grafotécnicos, ou periciadores de documentos, não como grafólogos.. Os periciadores de documentos levam em conta os laços, pingos nos "i" e cortes nos "t", espacejamentos das letras, inclinações, alturas, arremates, etc. Examinam a caligrafia para determinar autenticidade ou falsificação.

Os grafólogos examinam laços, pingos nos "i" e cortes nos "t", espacejamentos das letras, inclinações, alturas, arremates, etc., mas acreditam que essas minúcias da escrita sejam manifestações de processos mentais inconscientes. Acreditam que tais detalhes possam revelar tanto sobre uma pessoa como a astrologia, a quiromancia, a psicometria, ou o indicador Myers-Briggs de tipos de personalidade. No entanto, não há nenhuma prova de que a mente inconsciente seja um reservatório que guarda a verdade sobre uma pessoa, muito menos de que a grafologia ofereça um portal para esse reservatório.

Afirma-se que a grafologia serve para tudo, desde entender questões de saúde, moral e experiências passadas a talentos ocultos e problemas mentais. * Porém, "em estudos adequadamente controlados e cegos, em que as amostras de caligrafia não contêm nada que possa fornecer informações não grafológicas nas quais se possa basear uma predição (por exemplo, um trecho copiado de uma revista), os grafólogos não se saem melhor que o acaso na predição... de traços de personalidade...." ["The Use of Graphology as a Tool for Employee Hiring and Evaluation [Uso da Grafologia Como Ferramenta Para a Contratação e Avaliação de Empregados]," da Associação das Liberdades Civis de British Columbia] E mesmo os que não são experts são capazes de identificar o sexo da pessoa que escreveu em cerca de 70% das vezes (Furnham, 204).

Os métodos usados pelos grafólogos variam. * Mesmo assim, as técnicas desses "peritos" parecem se resumir a itens como a pressão exercida sobre a página, espacejamento de palavras e letras, cortes nos "t", pingos nos "i", tamanho, inclinação, velocidade e regularidade da escrita. Embora os grafólogos neguem, o conteúdo da escrita é um dos fatores mais importantes na avaliação grafológica da personalidade. O conteúdo de uma mensagem, naturalmente, independe da caligrafia e deveria ser irrelevante na avaliação.

Barry Beyerstein (1996) considera as idéias dos grafólogos nada mais que magia simpática. Por exemplo, a idéia de que deixar espaços em branco entre as letras indica tendência ao isolamento e solidão porque os grandes espaços indicam alguém que não se relaciona facilmente e que não se sente confortável com a proximidade. Um desses grafólogos afirma que uma pessoa revela sua natureza sádica se cortar os 't' com linhas que se assemelham a chicotes.

Como não há nenhuma teoria útil de como a grafologia poderia funcionar, não é surpresa o fato de não existirem indícios científicos de que nenhuma característica grafológica tenha correlação significativa com qualquer traço de personalidade interessante.

Adrian Furnham escreve

Os leitores familiarizados com as técnicas da leitura a frio serão capazes de entender por que a grafologia parece funcionar e por que tantas pessoas (inteligentes em outras circunstâncias) acreditam nela. [p. 204]

Acrescente-se à leitura a frio o Efeito Forer ou Barnum, a predisposição para a confirmação, e o reforço comunitário, e temos uma explicação bastante completa para a popularidade da grafologia.

A grafologia é mais uma ilusão daqueles que querem um método rápido e rasteiro de tomar decisões para lhes dizer com quem se casar, quem cometeu o crime, a quem contratar, que carreira seguir, onde achar boa caça, onde encontrar água, petróleo ou o tesouro escondido, etc. É mais um elemento na longa lista de substitutos enganosos para o trabalho duro. É atraente para os que se impacientam com questões problemáticas como a pesquisa, análise de indícios, raciocínio, lógica e teste de hipóteses. Se você quer resultados, e os quer imediatamente e expressos em termos fortes e determinados, a grafologia serve. Se, no entanto, você puder conviver com probabilidades razoáveis e incertezas, pode tentar outro método para escolher uma esposa ou contratar um empregado.

Se, por outro lado, você não se importar em discriminar pessoas com base em bobagens pseudocientíficas, pelo menos tenha a coerência de usar um tabuleiro Ouija para ajudá-lo a escolher o grafólogo certo.

Fonte: skepdic.com

Grafologia

Saiba o que é e como funciona

O "A" em forma de triângulo indica um temperamento agressivo e autoritário. Um "C" enrolado é sinal de egoísmo. O "J" com a perna sinuosa mostra uma pessoa traumatizada e rancorosa. Para quem acredita na grafologia, as letras podem revelar a alma de uma pessoa. Essa é uma verdade apregoada há seis séculos por adivinhos e videntes. Agora, ganhou ares de ciência. Grandes empresas resolveram usar a grafologia na hora de selecionar novos funcionários. O objetivo é barrar os candidatos incompetentes, preguiçosos ou desonestos. Como? Sutilezas como interrupções bruscas, torções ou inclinações acentuadas podem conter revelações inimagináveis. Basta, para isso, o grafólogo interpretar essas minúcias gráficas como indícios seguros de uma personalidade inconfiável.

A Rede de Hotéis Othon, com 3,2 mil funcionários espalhados em 18 cidades, por exemplo, decidiu apelar para a grafologia há quatro anos. "Precisávamos contratar novos empregados para preencher cargos estratégicos. Cada função exigia uma personalidade diferente e, para encontrar a pessoa certa, consultamos um grafólogo", conta a gerente de recursos humanos da Rede Othon, Cristina Secchin. Ela admite que a grafologia foi decisiva em muitos casos. "Nossa principal exigência é honestidade. Candidatos foram barrados porque apresentaram traços de insinceridade na grafia." Segundo os grafólogos, letras retorcidas, assinaturas com letras muito diferentes do resto do texto e falta de clareza na escrita a ponto de dar margem a interpretações dúbias são indícios de falta de sinceridade.

A avaliação grafológica é realizada por empresas especializadas. A mais famosa delas é a Grafia, do psicólogo Alberto Swartzman, 41 anos, que fez Pós-Graduação em Grafologia na Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro. Espécie de guru da interpretação da escrita, Swartzman cobra R$ 100 por consulta, atende empresas e pessoas físicas e acaba de lançar um livro (Grafologia - manual prático) para quem deseja se iniciar nos mistérios da ciência de decifrar as letras. Sua clientela inclui laboratórios farmacêuticos, lojas de departamentos e companhias de seguro. No total, são mais de 50 firmas. Nenhum candidato a um posto de trabalho é obrigado a fazer o teste grafológico. As companhias precisam obter uma autorização por escrito do pretendente ao cargo para enviar o texto. Antes de responder a cada consulta, Swartzman recebe do cliente uma descrição pormenorizada das características exigidas para o preenchimento da vaga. Honestidade e sociabilidade são os itens mais valorizados.

Mas existem empresas que desejam saber detalhes sutis da personalidade do candidato ao cargo. Algumas vasculham até mesmo a opção sexual do futuro funcionário. "Para muitos empresários, o homossexualismo acaba sendo uma restrição no momento de contratar um empregado", afirma Swartzman. Nesses casos, o grafólogo lava as mãos. A particularidade não é registrada no relatório sobre o candidato. "Em geral, faço a observação diretamente ao chefe do departamento pessoal pelo telefone. A decisão final é da empresa", relata o grafólogo. Mas como detectar, sem margem de erro, a opção sexual? "Não é difícil. A grafia dos gays apresenta sinais inconfundíveis, como floreios, coqueterias e excesso de curvas. Já as lésbicas exibem ângulos pontiagudos nas letras", explica Swartzman. Em consultas para pessoas físicas, muitas vezes, o grafólogo precisa desvendar casos de adultério, como se fosse um detetive. "Uma senhora me trouxe um texto do marido para saber se estava sendo traída. Constatei que ele era, de fato, desonesto, mas não poderia garantir que era adúltero."

Segredos de alcova não interessam à Price Waterhouse, uma das mais importantes empresas de auditoria e consultoria do mundo. Mas outros aspectos da personalidade como sociabilidade, capacidade de concentração e objetividade são itens fundamentais para a avaliação de futuros empregados. "O principal item é a sociabilidade. Afinal, trabalhamos sempre em equipe", diz a psicóloga Edna Godoy, do departamento de recursos humanos da empresa. Ela admite que a grafologia pode levar a equívocos, caso seja utilizada de modo inadequado. "Para não cometer a injustiça de recusar um candidato por dados puramente subjetivos, associamos a grafologia a outros testes. Na realidade, o modo como o candidato escreve fornece subsídios para validar outras informações obtidas ao longo do processo seletivo."

Essa cautela é necessária. Entre os psicanalistas, a grafologia é vista com restrições. "A fala é muito mais importante porque revela atos falhos. A grafia mostra apenas o temperamento, não a personalidade", analisa a psicanalista carioca Regina Taccola. "A grafologia funciona apenas como ponto de partida. Definir a personalidade humana pela grafia é pretensioso demais", reforça Marlene Dias da Silva, da Sociedade Brasileira de Psicanálise. De fato, nada é tão simples como parece. Uma letra ascendente que, para o grafologista, sinaliza ambição desmedida, por exemplo, pode representar um disfarce para um complexo de inferioridade, segundo a interpretação do psicanalista. "Na realidade, nada substitui a entrevista com o candidato a um posto de trabalho. As empresas apelam para a grafologia para economizar tempo. O perigo é estabelecer um diagnóstico simplista e precipitado", adverte Raquel Zeidel, também da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

A grafologia tem origem curiosa. Ela nasceu no confessionário de uma igreja na Espanha, no século XIV. O rabino Samuel Hangid costumava aconselhar os fiéis depois de analisar o modo como eles escreviam bilhetes. Dois séculos depois, médicos espanhóis e italianos começaram a fazer uma comparação entre a grafia e o caráter. Surgiram as primeiras tentativas de estabelecer regras de análise da escrita. A história começou a ficar séria mesmo quando surgiu a primeira escola de grafologia, em Paris, no século XIX. Depois disso, os grafólogos incorporaram conceitos de Freud e Jung para interpretar o inconsciente por meio da análise da grafia. Há casos em que não é difícil perceber uma ambição sem freios. Nas cartas que o sequestrador Leonardo Pareja - que liderou uma rebelião no presídio de Aparecida de Goiânia, em Goiás - escreveu à polícia, a letra "M" aparece com as pernas reforçadas para baixo, o que indicaria forte atração por dinheiro, afirmam os grafólogos.

Nem sempre uma letra bonita é sinônimo de personalidade harmônica e bem resolvida. Os especialistas dizem que a beleza do traço tem valor estético, mas não diz muito sobre o caráter. A caligrafia ilegível, no entanto, demonstra com certeza que a pessoa tem dificuldades de se comunicar com os outros. Seria um indício de inadaptação ou mesmo sentimento de inferioridade. Em contrapartida, quem escreve com excessiva clareza, fazendo questão de sublinhar seguidamente as palavras, pode no fundo esconder uma carência afetiva. O certo é que a falta de acentuação e pontuação corretas caracteriza uma personalidade negligente.

A análise da grafia de políticos também pode ser esclarecedora. Nesses casos, o melhor é atentar para a assinatura. Especialmente se o político é dado a escrever bilhetinhos, como o ex-presidente Jânio Quadros. Seus recados para assessores, com recomendações, críticas e elogios, foram sua marca registrada. O detalhe que chamou a atenção dos grafólogos foi a mania que Jânio tinha de arrematar a assinatura com um ponto final. Os especialistas dizem que isso é sinal de autoritarismo. Mas indica ainda que Jânio era uma pessoa desconfiada e tinha obsessão em ser perfeito. Quando se debruçaram sobre a assinatura do ex-presidente Fernando Collor, os estudiosos notaram que ele fazia questão de realçar o sobrenome. Para os especialistas em grafologia, isso é indicativo certo de vaidade e orgulho.

Fonte: www.curricular.com.br

Grafologia

A Grafologia é o estudo da personalidade de uma pessoa por meio de sua escrita.

O modo como alguém corta o 't', por exemplo, se alto ou baixo, se mais à esquerda, no centro ou à direita, se a letra é grande, média ou pequena, etc.; tem pouca importância para o perfil grafológico. Para isto é necessário compreender que a grafologia se divide em Gêneros (oito) e Espécies (em torno de 175 de acordo com Jamin e cerca de 200 segundo Gille- Maisani). A combinação das espécies resulta em infinitos tipos de escritas. Acrescenta-se a isto o estudo da Imagem do Movimento, Forma e Espaço feita por diversos autores alemães e franceses. (Gobineau - Klages - Heiss - Pophal etc.)

Alguns princípios básicos da grafologia: - A escrita é uma manifestação motriz e ao mesmo tempo intelectual: A mão escreve, o cérebro comanda.(isto só foi demonstrado cientificamente pelo médico alemão Dr. Preyer no final do século XIX.)

- A avaliação da escrita fixa-se em duas funções essenciais: MOTRICIDADE e INTELIGÊNCIA A escrita é um gesto essencialmente humano; sem os critérios acima é impossível escrever. A criança com um ou dois anos não consegue escrever pois não desenvolveu motricidade para tal.

As alterações no estado de espírito influem na execução material da escrita. Assim depressão, delírios, excitação, etc, revelam sintomas que se traduzem em gesto gráfico. É óbvio que em algumas doenças necessita-se de mais pesquisas científicas visando uma validação confiável.

Controvérsia

A principal crítica à grafologia é a inexistência de base científica que sustente o uso dessa técnica para a investigação da personalidade. Mesmo assim ela continua sendo utilizada pelas empresas como ferramenta de apoio à decisão.

A técnica de análise grafológica também é criticada por utilizar regras associativas de caráter simbólico ou analógico sem validade comprovada. Por exemplo: palavras muito espaçadas demonstram tendência ao isolamento; escrita inclinada à esquerda simboliza ligação com o passado; letras pequenas são sinal de boa concentração mental.

Os críticos da grafologia alegam ainda que não há nenhuma prova de que a mente inconsciente seja um reservatório que guarda a verdade sobre uma pessoa, e muito menos de que a grafologia ofereça um portal para esse reservatório.

Por essas razões a grafologia é considerada uma pseudociência, à semelhança da fisiognomonia.

Os céticos acusam a grafologia de não possuir bases científicas, contudo até o presente momento, quase 100 anos de depois de Alfred Binet ter realizado testes com a grafologia na Universidade de Sorbonne, nenhum estudo conseguiu provar o contrário em relação a espetacular média de acertos feito por Crépieux-Jamin - em alguns casos mais de 80%. (Les revelations de l’ecriture d’apres un controle scientifique, Alfred Binet).

Fonte: pt.wikipedia.org